domingo, 17 de junho de 2012





Iluminar feito velas


Quero ser a luz 
Que ilumina a lamparina velha
Fazendo desenhos imaginários 
Com sombras de dedos

Como se possuíssem tintas
E fossem pintando a parede vazia
Usando aquarela inusitada
De cor negra.

Eram pato, coelho, cavalo
E no fim se fazia sono
Num dormir ao relento

Dentro de celeiro
Sentindo o cheiro
Do café da manhã
Feito no fogão à lenha

Quero ser a luz do céu
Quem sabe o sol?
Talvez deseje apenas aquecer
Teus sonhos em noites frias
Em dias nublados.
De primaveras vãs.

Quero apenas iluminar
Ainda que seja uma vela.
Quero é acender-te

Te aquecendo o ser.
Sendo fagulha ou centelha
Amando-te

Mesmo em forma de sombras
Projetadas em paredes velhas.


ALLima

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