terça-feira, 19 de junho de 2012
O viajante
Era um caminhar solitário
Desses de estradas infinitas
Como as do sul da Bahia
Subindo e descendo
Numa reta só
Com coeficiente angular
Desses que pode-se ver o horizonte
A quilômetros de distância
Sensação de inércia
Vontade de correr feito vento
Pra poder chegar
Beijar o mar
Banhar
Sentir o lugar
Depois voltar
Caminhando...
Tudo, metro a metro
sem parar
Buscando a direção oposta
Fazendo destino
Seu legado
Sem desistir ou refutar.
Só quem viaja pode compreender
A sensação de ver o mar
De conhecer horizontes
Dos sóis escaldantes
Das feridas nos pés.
Dormir ao relento
O cheiro da caatinga
Água do mandacaru
A onomatopeia da viagem
O som da criação de Deus
Os vilarejos as pessoas
As paixões...
Sem pedir carona
Apenas indo com brisa...
Ora pro norte
Ora pro sul
Sendo rosa de vento
Chuva tempestiva
isolamento.
Vendo o mundo de forma diferente
Andando...Vivendo...
Sonhando...Chegando...
Sempre partindo.
Num viajar de dar inveja.
ALLIMA
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muito bom meu amigo, fico feliz em saber que existe pessoas assim para deixar uma herança de temanha cultura para essa geração tão carente de sabedoria!
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